quarta-feira, julho 12, 2006

Jazz e a Geração do Futebol à Rasca


A proposito da colocação de um ecran gigante num festival Jazz para visionamento do Campeonato do Mundo não podemos deixar de tecer alguns comentarios sobre o futebol que se encontram no blogue dizpositivo.

Não ouso afirmar que uma geração que consente deixar-se representar pelo futebol «é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!» - Almada Negreiros, sobre "um Dantas", no Manifesto Anti-Dantas e por extenso.Mas não resisto a transcrever esta afamada conclusão do Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do séc. XX, atrevendo-me a trocar, por pudor, uma palavra:
«O Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem Portugueses, só nos faltam as qualidades».
in dizpositivo
A PROVA DISTO VEM LOGO COM A PRETENSÃO DA F.P.F.
Com o País em crise e a chorar eliminação da final e a perda do 3º lugar a festa fez-se na mesma com meia duzia de Tugas no Estadio Nacional a gritar (mas a dizer baixinho "no tempo do Eusébio é que era")
Como se isso não bastasse e se calhar ainda temos de aturar o Scolari mais dois anos " Eu é que sei ..." "Eu é que escolho...."
E depois veio ainda a Noticia do Público:
«A Federação Portuguesa de Futebol vai pedir ao Governo que isente de IRS os prémios de participação que os jogadores vão receber, no valor de 50 mil euros cada».

A razão está nisto:
«Os prémios devem ficar isentos de imposto porque a selecção "contribuiu para a divulgação e prestígio" do país». «Em causa está o nº 5 do artigo 13º do Código do IRS, segundo o qual este imposto "não incide sobre os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição, bem como aos respectivos treinadores, por classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo"».
Trata-se, pois, de uma questão de publico reconhecimento pelos bons serviços prestados pelos "artistas da bola".
Parece que o MF não autorizou (Quem sabe o que aconteceria se tivessemos ganho !!!)
Mas fica o atirar o "barro à parede" pois quem sabe disto já disse que a isenção visou apenas casos de modalidades com mais dificuldades de progressão em Portugal.
É agora... outro Saltilllo ?

sexta-feira, julho 07, 2006

BODAS DE PRATA DO ESTORIL JAZZ


XXV Estoril Jazz - Jazz Num Dia de Verão 2006

O guitarrista Pat Martino, o quinteto dos irmãos Delfeayo e Jason Marsalis e a Ernie Wilkins Almost Big Band, acompanhada de Tim Hagans, actuam pela primeira vez em Portugal na 25ª edição do Estoril Jazz, que se realiza de 7 a 16 de Julho, no Parque Palmela em Cascais.
O festival aproveita ainda as suas bodas de prata para apresentar em exclusivo a recriação do quinteto de hard bop do trompetista Donald Byrd e do saxofonista Pepper Adams, que fez furor no final da década de 50, levada a cabo pelo quinteto de Gary Smulyan e Jeremy Pelt. O espectáculo, feito propositadamente para o Estoril Jazz, encerra o festival a 16 de Julho às 19h.
O Estoril Jazz abre com a estreia em Portugal do trompetista Tim Hagans como solista convidado da Ernie Wilkins Almost Big Band. Outra estreia, a do quarteto liderado pelo guitarrista Pat Martino, cujo concerto serve de homenagem ao virtuoso guitarrista Wes Montgomery, está marcada para as 21h30, no dia 9.
No mesmo dia, actua o trio da pianista e cantora nova-iorquina Dena DeRose, que passa também pelo Casino Estoril e pelo Hot Club a 11 e 12 de Julho, respectivamente. No dia 14, às 21h30, é a vez do quinteto de Delfeayo Marsalis (que inclui também Jason Marsalis, um dos seus irmãos) actuar pela primeira vez em Portugal.
Do programa desta edição destaca-se igualmente a actuação no dia 8, às 22h, do Ben Riley Monk Legacy, septeto que recria e revisita a música do célebre pianista Thelonious Monk, com a particularidade de não usar o piano. Isto porque, para Ben Riley, Monk é insubstituível. Completa o programa o pianista norte-americano Kenny Barron, que sobe ao palco a 15 de Julho, às 19h.
Em declarações à agência Lusa, o produtor do Estoril Jazz, Duarte Mendonça, afirma que uma das suas preocupações tem sido "não repetir nomes".
Ciente de que o Campeonato do Mundo de Futebol que se realiza na Alemanha pode ser um forte concorrente, a organização do Estoril Jazz vai transmitir a final do torneio em directo num ecrã gigante, a 9 de Julho, entre os concertos de Dena DeRose e Pat Martino, naquilo a que chamou "Garden Party Jazzístico-futebolística". in publico de 7-07-2006