quarta-feira, dezembro 27, 2006

NOVIDADES JAZZISTICAS PARA 2007


BOAS NOTICIAS PARA 2007 JAZZISTICO
DO BLOG - REGISTOS AUTONOMOS CHEGA A SEGUINTE NOVIDADE:

"Se tiverem tempo (e se lembrarem), podem ouvir este vosso amigo "a tocar tenor & a falar com José Duarte" - foi este o "headline" por ele escolhido para abrir cada uma das 10 emissões do "Cinco Minutos de Jazz" que irão para o ar bi-diariamente (17.53h e 22.53h) de dia 8 até dia 19 de janeiro de 2007.


Nos dias pares ouvir-se-á o tal tenor num tema gravado ao vivo, nos ímpares falaremos do Jazz em Portugal, do seu ensino, do que tenho feito nos últimos 30 anos, do que espero e... do que desespero ao ver a lentidão com que o Jazz se vai construíndo, e a pouco e (muito) pouco se vai afirmando e ganhando um público crescente, sobretudo entre as novas gerações, o que é um bom indício, mas as carências ainda são esmagadoras.
A actual proliferação de festivais de Jazz, um pouco por todo lado, embora possa parecer um sinal inequívoco de evolução, não tem, no entanto, reais efeitos práticos e dinamizadores da vida jazzística nacional, no que se refere aos músicos praticantes, sejam eles estudantes, amadores ou profissionais.
Algum possível entusiasmo, gerado pela assinalável crescente afluência de público a esses festivais, esvai-se quando comparativamente observamos a escassez daquele que frequenta os ainda mais escassos clubes e bares-concerto que existem entre nós.
E, quer queiramos, quer não, são estes locais e o "circuito", à escala nacional, que eles formam (ou melhor, que ainda NÃO formam), que constituem a estrutura-base, a armação de suporte que pode permitir a vivência diária, semanal, do Jazz português, possibilitando a actividade permanente de músicos e bandas, seja em concertos aos fins-de semana, jam sessions de domingo a quinta, abrindo espaço para os que se iniciam ganharem "calo", para que haja interacção entre apreciadores(as), melómanos, recém chegados ao Jazz, público em geral, divulgadores, musicólogos, radialistas, fotógrafos, jornalistas, artistas, actores, produtores, sonoplastas... tanto entre si, como com músicos (e estes entre si).
Só essas situações, só esses ambientes podem fazer fermentar e evoluir o Jazz que se ouve e se pratica entre nós.
... o músico do Algarve vai tocar em Viana; o músico do Porto toca numa Jam em Coimbra, com músicos que aí residem; uma banda do Barreiro actua no clube de Matosinhos, e após os concertos juntam-se-lhes músicos do norte; o trombonista dinamarquês que tocou no festival de Aveiro ás 22h aparece "round midnight" no bar-concerto local e acontece inesperadamente uma sessão fabulosa, memorável para quem assistiu e participou; aquele pianista americano de renome foi levado por um membro da organização daquele outro festival ao Hot Clube de Viseu, onde por acaso estava o trio de um guitarrista de Lisboa, e, tendo o pianista apreciado tanto a experiência, convidou-os para gravarem 4 faixas do seu próximo cd....
Isto são exemplos virtuais do que eu considero ser um cenário dinâmico de uma actividade Jazzística actual, pelos padrões europeus.
Possível e realizável no nosso país também.
Existem os músicos para tal.
Portugueses.
Em quantidade e de qualidade indescutível, pelos mesmos padrões europeus (e globais).
Acabe-se de uma vez por todas com a execrável falta de auto-estima endémica que levava invariavelmente a considerar-se que o "estrangeiro" é melhor que o Português, porque, porque..
é estrangeiro...!!
Falta apenas (derivado à ausência de hábitos culturais enraizados):
que o público não vá apenas aos festivais, que vá surgindo nesses locais, pois muitas vezes presencia espectáculos tão bons ou melhores que nos grandes eventos (por vezes sessões únicas e irrepetíveis...), favorece de uma proximidade muito maior com músicos, podendo mesmo conhecê-los pessoalmente, com menos custos económicos e com maior fruição e intensidade vivencial... (experimentem pelo menos 1 fim-de-semana por mês, em vez da disco & dance..)
Tudo razões a favor da escolha de clubes para assistir a Jazz ao vivo, sem falar da impossibilidade de se estar a saborear um copo ou de trocar alguns comentários com a namorada ou com os amigos, no festival num auditório de centro cultural...
Did it crossed your minds??
Venham lá mais vezes ao clube e Jazz bar!!
Se afluir mais público, mais clubes vão abrir, mais músicos vão poder trabalhar, melhor e mais Jazz haverá para ver e ouvir...


Não cheguei a conseguir dizer algumas destas ideias, cinco minutos vão-se a correr e nem damos por isso!
Mas falou-se de Jazz. A ideia era essa, I think... Gostei bastante. Penso que o José Duarte também.

Cinco Minutos de Jazz
Estação de rádio: RDP Antena 1
E-mail: cincominutosdejazz@rdp.pt
Horários: segunda a sexta - 17.53h e 22.53h
Autor: José Duarte
desde 8 até 19 jan 2007:
Convidado:
Rui Azul - saxofonista "

terça-feira, dezembro 05, 2006

NATAL É JAZZ






O que mais gozo me dá nos principios de Dezembro é ir buscar os meus discos de jazz de natal.
Só tenho alguns, mas a lista nunca mais acaba nas diversas editoras.
Porque é que os musicos de Jazz tocam e cantam as melodias de Natal com tanto sentimento ?
A explicação pode estar nas origens do proprio Jazz e o sentimento e devoção com que é tocado nas suas varias facetas, que atinge o seu ponto máximo de inspiração na epoca natalicia.
Quando eu era criança, uma pessoa minha amiga costumava dizer que o Jazz era "a musica onde cabia tudo".
Eu não percebia tal definição pois não tinha a experiencia e o acesso à musica que tenho hoje, agora já percebo um pouco a ideia que a pessoa queria expressar, ainda que de forma pouco elaborada.
Na verdade, e a titulo de exemplo básico, basta ouvir varios musicos a tocar "Beatles" em Jazz, ou o fantastico "Happy Aniversary Charlie Brown" ou ainda os diversos Jazz para crianças.
É assim o fantastico mundo do Jazz, o mais classico claro, um autentico universo em expansão e sobretudo ecletico e sem limites à imaginação.
Isto claro com um "cantinho" especial para o NATAL que irei explorar nos próximos posts.

terça-feira, outubro 31, 2006

DIANA KRALL 2 ?


De certeza qua a Patricia passa no teste !!!
Com efeito, depois do sucesso da estreia de Patricia Barber no Centro Cultural de Belém em Janeiro passado, uma das melhores cantoras de jazz da actualidade regressa a Portugal para apresentar o seu novo trabalho MYTHOLOGIES.
A edição em Portugal deste novo trabalho está previsto para Setembro/Outubro pela EMI Portugal. Este trabalho está a ser considerado nos EUA como um contributo marcante na história do jazz, realizando a fusão entre a nova música clássica e o jazz, com o timbre particular dos idiomas populares do mundo cantados por Patricia Barber. É um novo trabalho no limiar das fronteiras do jazz cujos críticos têm vindo já a aclamar pelo mundo inteiro.
Patricia Barber é uma das melhores vocalistas de jazz da actualidade (com alguns discos editados pela Blue Note). Patricia Barber tem vindo a construir uma carreira brilhante, não só como vocalista e pianista mas também como uma excelente letrista, letras com uma grande carga irónica, cheia de amores (e humores) ardentes.

Apresenta-se neste concerto para apresentar o disco «Mythologies». 12-11-2006 na Aula Magna

quarta-feira, outubro 25, 2006

Jazz e Publicidade


A palavra jazz, vende muito temos o Honda jazz, até houve a "jazztel" e um sem numero de exemplos por esse mundo fora que ainda não tive tempo de recolher e compilar para um post mais completo. Mais o estilo de vida jazz vai muito para além da musica como de comprova mais uma edição da agenda da tashen para 2007.

domingo, outubro 15, 2006

Larry Carlton & Lee Ritenour

Mais um post sobre o capitain fingers

sexta-feira, outubro 06, 2006

JACINTA É JAZZ



Jacinta, Foi a primeira cantora portuguesa a gravar com o selo da Blue Note Records (uma das mais conceituadas editoras de jazz do mundo.
A sua carreira foi impulsionada por uma actuação no Chuva de Estrelas da Sic
Apresenta-nos agora o segundo disco, gravado em Nova Iorque com grandes nomes do jazz americano, entre os quais Greg Osby, que também assina a produção do álbum.
Duke Ellington, Thelonious Monk, Cole Porter são autores que Jacinta interpreta e, pela primeira vez, temas em Português de José Afonso, Tom Jobim e Djavan, foram os escolhidos.
Tiago Torres da Silva escreveu ainda cinco versões em português de Duke Ellington.
Depois do extraordinário resultado com o álbum de estreia, Jacinta - a voz portuguesa da prestigiada Blue Note Records - está de volta com o segundo álbum.

Com um reportório na sua grande maioria composto por temas de Duke Ellington, "Day Dream" apresenta ainda Jacinta a interpretar Thelonious Monk, Cole Porter e, pela primeira vez em disco, temas em português. José Afonso ("Canção de Embalar"), Tom Jobim ("Luiza") e Djavan ("Jogral") foram os autores escolhidos a que se juntam ainda 4 versões em português de temas de Duke Ellington. Um total de 11 temas + 2 bonus-track.

"Day Dream" foi gravado em Nova Iorque com uma naipe incrível de músicos americanos, entre os quais se destaca o saxofonista Greg Osby - um dos maiores nomes do jazz contemporâneo que assumiu ainda os créditos de produção.

Um grande reportório, a voz de Jacinta e músicos de eleição juntam-se em "Day Dream". O resultado é fantástico !!!

quinta-feira, setembro 28, 2006

A NÃO PERDER


para ver ao vivo o "jazzman" Português.
As razões...??
É só ler as sábias palavras de autentico filosofo do Jazz no seu blogue registos autonomos.
"Muitas pessoas, músicos e melómanos me questionam sobre a possibilidade de poderem ter aulas individuais de saxofone, de improvisação, de Jazz, no fundo, mas focalizadas ou aplicadas especificamente a um estilo, a um músico, a um tipo de temas ou até a algumas determinadas dificuldades que encontraram em improvisar determinado standard, em melhorar a sonoridade ou, por exemplo, solar sobre Blues quando acompanham um guitarrista.
Realmente não se encontra facilmente resposta eficiente a este tipo de questões nas escolas de música ou de Jazz, e é concerteza demasiado inscrever-se num curso ou ter aulas colectivas durante um ou vários anos para o efeito, sobretudo se tiverem que chamar o professor à parte no final para enfim conseguirem abordar os assuntos que vos interessam...
Pensando nestas situações, decidi-me por fim disponibilizar-me a transmitir aquilo que sei e que fui (e vou) aprendendo ao longo destes 30 anos como músico e a auxiliar na descoberta das soluções para as dificuldades específicas com que músicos e não-músicos se venham a debater ou que os impeçam de alcançar determinada meta que propuseram a si próprios. ( Ajudar a encontrar, sim, porque estou a anos-luz de saber tudo, e todos os dias aprendo algo novo...)

sexta-feira, setembro 22, 2006

JAZZ COM PERFUME ARÁBE -RABIN ABOU KHALIL




Não podemos deixar de registar neste blogue a nossa compra do dvd do Libanês Rabin Abou-Khalil.
Este é um nome incontornável da musica jazz actual que reflete nas suas performances as melhores tradições arabes aliadas ao melhor jazz a que se toca na Europa.
Um exemplo a seguir pelos Politicos !!!
Fica por escrever um post mais detalhado sobre a obra deste magnifico compositor e interpret.
Para quem nunca ouviu trata-se de um jazz único, com sonoridades europeias e instrumentos tradicionais arabes.
Se fechamos os olhos sentimos uma ligeira brisa quente vinda do Norte de Africa.
A não perder...
Já cá esteve em Portugal em 1996 num concerto realizado no teatro S. luis (o bilhete será publicado proximamente num post deste blogue) .

DOURO JAZZ



As sonoridades festivas dos Dixiemulando inauguram hoje a presente edição do Douro Jazz, que se prolonga até 21 de Outubro.Oriundo da Comunidade Autónoma de La Rioja, em Espanha, o agrupamento, já com 12 anos, procura aliar sempre o arrojo musical a uma peculiaridade visual óbvia os seis elementos do grupo - Felix Romerto (clarinete), Javier Esparza (trombone), Eduardo Sodupe (tuba), J. M. Aparicio (bateria), Berna Ruiz (trompete) e J. Marie Mate (banjo) - envergam nos espectáculos trajes da época em que surgiu o dixieland.À actuação dos Dixiemulando hoje, às 22 horas, no Solar do Vinho do Porto, na Régua, sucede outra já amanhã, à mesma hora, na Torre da Quintela, em Vila Real.Ao longo da próxima semana, o Douro Jazz apresenta concertos diários no café-concerto do Teatro de Vila Real. Pé Descalço, Isabel Ventura & Serafim Lopes, Alex Liberali e Budda e Brobossa são os artistas que irão actuar de segunda a quinta-feira, sempre às 23 horas.Também na quinta-feira, mas às 22 horas, o Centro Cultural de Chaves abre as portas gratuitamente para acolher o Quinteto de Tilike Coelho.Mário Barreiros - através do seu sexteto, de que fazem parte José Pedro Coelho, José Luís Rego, Pedro Guedes, Pedro Barreiros e Mário Santos - assegura uma dose tripla de concertos no Douro Jazz. O primeiro realiza-se já no dia 29, no Solar do Vinho do Porto, na Régua, enquanto que os restantes estão marcados para 19 e 20 de Outubro, respectivamente no Centro Cultural de Chaves e no Teatro de Vila Real.
JEAN-LUC PONTY
O espectáculo mais aguardado de todo o festival tem lugar a 21 de Outubro.
Possuidor de uma longa carreira em que abundam colaborações com nomes como Frank Zappa, George Duke e John McLaughlin, além de ser presença regular nas tabelas da Billboard, Jean-Luc Ponty apresentar-se-á no Teatro de Vila Real.
Filho de um professor de violino e uma professora de piano, o francês Jean-Luc Ponty, apesar da formação clássica, tornou-se uma sumidade através do jazz. No início da carreira chegou a tocar na Orquestra Concerts Lamoreux por três anos, mas na década de 60, optou pelo jazz, e apresentou-se em alguns dos mais importantes festivais do gênero, como o Monterey Jazz Festival. Ao longo de sua carreira, trabalhou com grandes nomes da música como Frank Zappa, George Duke, John McLaughlin e Elton John. Em 95, formou, junto com Al di Meola e Stanley Clarke o grupo The Rite of Strings.

Chick Corea e Gary Burtom grandes concertos em Portugal


Vai ser um fim-de- semana em "Grande" para o Jazz de Norte a Sul.

Os espectáculos de Cick Corea desenvolvem-se em torno do sublime "Crystal Silence", álbum lançado em meados de 1972 com o selo da editora alemã ECM, que consistiu no primeiro projecto em conjunto do pianista Chick Corea com o vibrafonista Burton. A partir deste disco, os duetos de Corea e Gary Burton tornaram-se clássicos. De resto, a relação entre os dois músicos é de tal forma especial que costumam reencontrar-se regularmente para concretizar novos projectos e enveredar por novas digressões, passando agora por Portugal.

Profundo, tranquilo, harmonioso, "Crystal Silence" ajudou a estabelecer a viabilidade de uma abordagem intrinsecamente moderna do jazz, sem desrespeitar, contudo, as premissas clássicas de um género muito especial, repleto de História e demais tradições baseadas no exercício livre, puro e espontâneo da improvisação. Abordagem moderna que resulta da versatilidade de Corea, da sua utilização aparentemente relaxada do jazz, e do folk, em conjunto com uma imensa complexidade e rigor clássicos. Enquanto o dinâmico Burton se assume como o parceiro mais do que perfeito, uma vez que ambos se complementam um ao outro, em melódica simbiose.


Corea com uma modulação cuidadosa e uma sonoridade cristalina, como que dando o toque de génio às diversas composições; e Burton com a sua habitual expansividade, conferindo intensidade ao conjunto de um álbum comummente reconhecido como um marco muito importante na História recente da música jazz.

Em suma, os timbres e sonoridades do piano de Corea e do vibrafone de Burton são complementares, tal como a relação de amizade entre os dois músicos, que se voltariam a juntar em 1997 para a gravação de "Native Sense - The New Duets" (foi então lançado pela Stretch Records e garantiu a Corea o seu nono Grammy, em 1998).

Chick Corea - Entre o mainstream e o fusion


Nascido no seio de uma família ligada ao mundo da música, Chick Corea começou a tocar piano aos quatro anos de idade, enquanto já ouvia os grandes mestres do jazz e da música clássica. Iniciou a sua carreira tocando com as bandas de Willie Bobo (1962-63) e Blue Mitchell (1964-66) e gravou o seu primeiro disco, como líder, em 1966. Nos anos que se seguiram tocou com o mítico Miles Davis, precisamente durante a célebre fase de transição para o jazz-rock, participando nos discos "Filles de Kilimanjaro", "In a Silent Way" e "Bitches Brew". Foi o primeiro passo para o reconhecimento mundial.

Em plena ressaca pós-Miles Davis, o dinâmico Corea tocou durante um breve período de tempo com os vanguardistas Circle, grupo formado por Anthony Braxton, Dave Holland e Barry Altschul. Não obstante, num dos seus primeiros discos com o selo da muito reputada ECM, intitulado "A.R.C.", de 1971, os Circle já não contam com Braxton. Mais tarde, Corea viria a formar os Return to Forever, um dos grupos mais influentes do então emergente estilo fusion, com Stanley Clarke no contrabaixo.

Entre os anos 70 e 80, Corea esteve envolvido em diversos projectos distintos: duos com o pianista Hebrie Hancock e com o vibrafonista Gary Burton, um quarteto acústico de jazz com Michael Brecker, Eddie Gomez e Steve Gadd e, entre outros projectos, uma digressão que reagrupou os Return to Forever. Em 1985, já com o selo GRP, formou um novo grupo de fusion, a Elektric Band, e mais tarde a Akoustic Band, contando ambas com o jovem e brilhante contrabaixista John Patitucci.

Na década de 90, Corea continuou a produzir uma obra diversificada, incluindo discos a solo, um tributo a Bud Powell e um reencontro com Gary Burton. Em 1992, fundou a sua própria editora, a Stretch, que depois se tornaria numa subsidiária da Concord. Seguiu-se, em 1998, a formação de um novo grupo acústico, os Origin, que se estrearam no restrito clube da Blue Note. Como contrabaixista, o jovem Avishai Cohen.

Independentemente do estilo que estiver em voga num determinado momento, Corea sabe fazer-se rodear por músicos altamente competentes. Entre os que preferem o seu lado mais mainstream e os que optam pela sua faceta mais fusion, o facto é que a obra integral de Chick Corea é suficientemente extensa e bem desenvolvida de modo a conter material que consegue agradar aos vários tipos de admiradores do seu talento.

- Hoje Coliseu dos Recreios - Lisboa

- Amanhã Casa da Música - Porto

- Jean Luc Ponty (ver proximo Post) no DOURO JAZZ» - FESTIVAL IN-TERNACIONALVila Real (Teatro de Vila Real)Régua (Solar do Vinho do Porto) Chaves (Forte de S. Francisco) até 21 de Outubro

quarta-feira, setembro 13, 2006

Jazzanova "broadcast" Sonar Kollektik


Apos umas merecidas ferias nada como escolher uns bons sons para o Outuno.
Passei pela Symbiose.
Em destaque a policromia da geração neojazzista berlinense (e amigos) é algo que as edições do Sonar Kollektiv permitem constatar. Nesse sentido, esta colectânea da responsabilidade dos líderes Jazzanova é mais uma confirmação das suas capacidades e das de Wahoo, Soul Phiction, Âme, Capitol A, Clara Hill, Joe Dukie, Nicola Kramer, Slope, Studio R, Arken ou Pharoah Roche para elaborarem peças electro-acústicas estimulantes, que resultam da combinação de sugestões de jazz, soul, electrónica, house ou funk.
A não perder...

Até breve.

quarta-feira, julho 12, 2006

Jazz e a Geração do Futebol à Rasca


A proposito da colocação de um ecran gigante num festival Jazz para visionamento do Campeonato do Mundo não podemos deixar de tecer alguns comentarios sobre o futebol que se encontram no blogue dizpositivo.

Não ouso afirmar que uma geração que consente deixar-se representar pelo futebol «é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!» - Almada Negreiros, sobre "um Dantas", no Manifesto Anti-Dantas e por extenso.Mas não resisto a transcrever esta afamada conclusão do Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do séc. XX, atrevendo-me a trocar, por pudor, uma palavra:
«O Povo completo será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos. Coragem Portugueses, só nos faltam as qualidades».
in dizpositivo
A PROVA DISTO VEM LOGO COM A PRETENSÃO DA F.P.F.
Com o País em crise e a chorar eliminação da final e a perda do 3º lugar a festa fez-se na mesma com meia duzia de Tugas no Estadio Nacional a gritar (mas a dizer baixinho "no tempo do Eusébio é que era")
Como se isso não bastasse e se calhar ainda temos de aturar o Scolari mais dois anos " Eu é que sei ..." "Eu é que escolho...."
E depois veio ainda a Noticia do Público:
«A Federação Portuguesa de Futebol vai pedir ao Governo que isente de IRS os prémios de participação que os jogadores vão receber, no valor de 50 mil euros cada».

A razão está nisto:
«Os prémios devem ficar isentos de imposto porque a selecção "contribuiu para a divulgação e prestígio" do país». «Em causa está o nº 5 do artigo 13º do Código do IRS, segundo o qual este imposto "não incide sobre os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição, bem como aos respectivos treinadores, por classificações relevantes obtidas em provas desportivas de elevado prestígio e nível competitivo"».
Trata-se, pois, de uma questão de publico reconhecimento pelos bons serviços prestados pelos "artistas da bola".
Parece que o MF não autorizou (Quem sabe o que aconteceria se tivessemos ganho !!!)
Mas fica o atirar o "barro à parede" pois quem sabe disto já disse que a isenção visou apenas casos de modalidades com mais dificuldades de progressão em Portugal.
É agora... outro Saltilllo ?

sexta-feira, julho 07, 2006

BODAS DE PRATA DO ESTORIL JAZZ


XXV Estoril Jazz - Jazz Num Dia de Verão 2006

O guitarrista Pat Martino, o quinteto dos irmãos Delfeayo e Jason Marsalis e a Ernie Wilkins Almost Big Band, acompanhada de Tim Hagans, actuam pela primeira vez em Portugal na 25ª edição do Estoril Jazz, que se realiza de 7 a 16 de Julho, no Parque Palmela em Cascais.
O festival aproveita ainda as suas bodas de prata para apresentar em exclusivo a recriação do quinteto de hard bop do trompetista Donald Byrd e do saxofonista Pepper Adams, que fez furor no final da década de 50, levada a cabo pelo quinteto de Gary Smulyan e Jeremy Pelt. O espectáculo, feito propositadamente para o Estoril Jazz, encerra o festival a 16 de Julho às 19h.
O Estoril Jazz abre com a estreia em Portugal do trompetista Tim Hagans como solista convidado da Ernie Wilkins Almost Big Band. Outra estreia, a do quarteto liderado pelo guitarrista Pat Martino, cujo concerto serve de homenagem ao virtuoso guitarrista Wes Montgomery, está marcada para as 21h30, no dia 9.
No mesmo dia, actua o trio da pianista e cantora nova-iorquina Dena DeRose, que passa também pelo Casino Estoril e pelo Hot Club a 11 e 12 de Julho, respectivamente. No dia 14, às 21h30, é a vez do quinteto de Delfeayo Marsalis (que inclui também Jason Marsalis, um dos seus irmãos) actuar pela primeira vez em Portugal.
Do programa desta edição destaca-se igualmente a actuação no dia 8, às 22h, do Ben Riley Monk Legacy, septeto que recria e revisita a música do célebre pianista Thelonious Monk, com a particularidade de não usar o piano. Isto porque, para Ben Riley, Monk é insubstituível. Completa o programa o pianista norte-americano Kenny Barron, que sobe ao palco a 15 de Julho, às 19h.
Em declarações à agência Lusa, o produtor do Estoril Jazz, Duarte Mendonça, afirma que uma das suas preocupações tem sido "não repetir nomes".
Ciente de que o Campeonato do Mundo de Futebol que se realiza na Alemanha pode ser um forte concorrente, a organização do Estoril Jazz vai transmitir a final do torneio em directo num ecrã gigante, a 9 de Julho, entre os concertos de Dena DeRose e Pat Martino, naquilo a que chamou "Garden Party Jazzístico-futebolística". in publico de 7-07-2006

sexta-feira, junho 30, 2006

JAZZ EM ESTREMOZ


Começou ontem o 1.º Festival de Jazz de Estremoz, entre 29 de Junho e 1 de Julho, com quatro concertos.
Promovida pela Câmara Municipal de Estremoz (só podia), a primeira edição do Est’Jazz vai decorrer no Teatro Bernardim Ribeiro, com encerramento a cargo do Mário Laginha Trio.
O Festival de Jazz de Estremoz promete “refrescar” as noites quentes na cidade alentejana, com quatro concertos.
A abrir o certame sobe ao palco o grupo Amber Lights, um projecto do guitarrista e compositor Jonny Philips, com a participação de três jovens músicos portugueses.
Estão ainda previstos dois concertos, um com o Quarteto de André Matos, que faz a sua estreia em palcos portugueses antes de partir para Londres, e outro com o grupo Imi Kollektief, uma hora depois.
O festival vai ter o seu momento alto no concerto de encerramento, amanhã, às 22h00, com Mário Laginha Trio, projecto encabeçado por Mário Laginha, um dos mais mediáticos músicos do jazz português. O programa integra ainda um conjunto de actividades que pretendem contribuir para a aproximação entre o público e o jazz e para a formação de públicos nesta área musical.
ParalelamenteDurante o Est’Jazz, decorre no Teatro Bernardim Ribeiro, a feira do disco jazz e «Jam Sessions», no Até Jazz Café, em que os instrumentos vão estar disponíveis ao público a partir das 24h00.
No arranque do festival está programado também um “workshop” de improvisação e iniciação ao jazz e, no dia seguinte, o público poderá assistir ao ensaio aberto com o grupo Imi Kollektief. No último dia, o público poderá ainda conversar com os músicos Mário Laginha, Bernardo Moreira e Alexandre Frazão.

COOL JAZZ EM OEIRAS -JULHO É + JAZZ




Kanye West, Diana Krall, Gal Costa e Ive Mendes o que têm de comum ?
São Quatro dias de música no Cool Jazz em Oeiras.
E quando se pensava que Kanye West já não viria a Portugal este ano, surge a surpresa. Dia 17 de Julho, o Jardim do Marquês de Pombal em Oeiras recebe o há muito esperado rapper norte-americano.
Considerado pela revista «Time» uma das 100 pessoas mais importantes do Mundo, Kanye West alcançou dez nomeações para os Grammy com o segundo registo de originais «Late Registration».
Ao reconhecimento da indústria juntou-se o reconhecimento do público. Na primeira semana o álbum vendeu 1 milhão de cópias em todo o mundo graças a singles como «Gold Digger», onde conta com a colaboração de Jamie Foxx (na versão Ray Charles).
Para além de Kanye West, do cartaz do Cool Jazz Fest fazem ainda parte os nomes de Diana Krall (dia 18), Gal Costa (dia 22) e Ive Mendes (dia 27).
Nome incontornável do Jazz actual, Diana Krall encantou o mundo graças a um Jazz de contornos mais calmos, onde sobressai a voz da cantora, capaz de nos levar para sítios mais elevados, onde a alma encontra a perfeição.
Em “representação” da música brasileira surgem duas cantoras de duas gerações diferentes, que integram ritmos do jazz nas suas composições, Gal Costa e Ive Mendes, são fruto da simbiose perfeita entre o Jazz e o português do Brasil.
A cantora baiana, Gal Costa, conta já com uma assinalável carreira, conseguindo uma longevidade apoiada na constante capacidade de se reinventar.
O concerto no Cool Jazz Fest serve de apresentação ao novo álbum, «Hoje».Ive Mendes é o mais recente fenómeno da música brasileira, considerada por muitos como a Sade brasileira, Ive Mendes transpira sensualidade, aliando a beleza física a uma voz doce e arrebatadora.
A não perder.

MEMÓRIAS: A primeira edição do COOL JAZZ FESTIVAL, decorreu de 9 a 26 de Julho de 2004, em várias salas dos concelhos de Mafra, Sintra (Património Mundial da Unesco), Oeiras e Cascais. A escolha recaiu sobre estes locais por serem zonas emblemáticas, descontraídas, reconhecidas como locais turísticos ao nível nacional e internacional e, de certa forma, associadas à música, ao lazer e à descontracção.Em cada concelho os espaços escolhidos, históricos, bucólicos e intimistas, acolheram este Festival num ambiente único, abrilhantado com as actuações de Ravi Coltrane, Adriana Calcanhotto, Roy Ayers Camané, Ed Motta, Barbara Hendricks & the Magnus Lindgren Jazz Quartet, Jacinta e Buddy Guy.

JAZZ E CINEMA EM PORTUGUES - BERNARDO SASSETTI



Bernardo Sassetti apresenta músicas de filmes.
Bernardo Sassetti, um dos grandes pianistas de Jazz portugueses, vai apresentar algumas das suas músicas originais de filmes no Auditório dos Paços da Cultura de S. João da Madeira.
Bernardo Sassetti é um dos grandes pianistas portugueses, que enquanto compositor tem marcado forte presença no cinema, tendo escrito a música de diversos filmes, entre os quais se contam «Maria do Mar», de Leitão de Barros, «Quaresma», de José Álvaro Morais, «A Costa dos Murmúrios», de Margarida Cardoso, e «Alice», de Marco Martins.
São excertos das bandas sonoras destes títulos de cinema que vão preencher o concerto de amanhã.
O pianista regressa assim a um palco onde se apresentou há sensivelmente um ano, então em trio (piano, contrabaixo e bateria). Agora, a proposta é diferente, com Sassetti a solo, mas espera-se o mesmo sucesso de público, com o qual desenvolveu um grande sentido de comunicação. Ao longo da sua carreira, Bernardo Sassetti tem revelado uma enorme versatilidade, destacando-se como intérprete, improvisador, compositor, arranjador e chefe de orquestra. Dedica-se regularmente à música para cinema, tendo realizado vários trabalhos nesta área, dentro e fora do país.
Além dos filmes já citados, destaca-se a sua participação em «O Talentoso Mr. Ripley». Para este projecto gravou «My Funny Valentine» com o actor Matt Damon, entre outros temas. Compôs igualmente, em parceria com o trompetista Guy Barker, uma série de temas para serem apresentados no lançamento dessa fita de Anthony Minguella em Los Angeles, Nova Iorque, Chicago, Berlim, Paris Londres e Roma. Bernardo Sassetti nasceu em Lisboa em Junho de 1970. Iniciou os seus estudos de piano clássico aos nove anos com a professora Maria Fernanda Costa e, mais tarde, com o professor António Menéres Barbosa, tendo frequentado também a Academia dos Amadores de Música. Dedicou-se ao Jazz, estudando com Zé Eduardo, Horace Parlan e Sir Roland Hanna. Em 1987, começou a sua carreira profissional, em concertos, clubes locais e em inúmeros festivais por todo o mundo.

quinta-feira, junho 29, 2006

O FENOMENO - JAZZ DE NORTE A SUL -ARTIGO DE ANTONIO CAEIRO NO 1º JANEIRO

Desde 1971, festivais têm-se multiplicado
Jazz de Norte a Sul do PaísBraga, Estremoz, Lagoa, Odemira, Seixal, Coimbra, Guimarães ... Os festivais de jazz multiplicam-se pela província fora, num fenómeno até há pouco tempo impensável e que fará hoje de Portugal “o país europeu com mais concertos de jazz per capita”.

A onda chegou também à Madeira e aos Açores, onde na última década surgiram mais dois festivais internacionais: o Funchal Jazz e o Angrajazz, em Julho e Setembro, respectivamente.Pioneiros da divulgação do jazz consideram, contudo, que aquela música continua a ser encarada como “um género menor” e “a imprensa ainda não lhe dedica tanto relevo como ao rock ou à chamada música erudita”.
“O jazz, em Portugal, não cresceu: inchou”, disse à Agencia Lusa José Duarte, fundador do Clube Universitário de Jazz, em 1958, e autor de vários livros sobre jazz.“
No tempo do fascismo não havia nada, agora há mais de trinta festivais de jazz por ano.
É uma moda”, acrescentou.Segundo José Duarte, Portugal deverá ser mesmo “o país europeu com mais concertos de jazz per capita”.
O primeiro festival de jazz realizado em Portugal, o mítico Cascais Jazz, decorreu em 1971 por iniciativa de Luis Vilas Boas, que foi também o sócio número 1 do Hot Clube de Portugal, fundado em 1948.Durante várias décadas, antes e depois do 25 de Abril, a minúscula cave do Hot Clube, na Praça da Alegria, em Lisboa, foi o único santuário do jazz no País.
“Hoje há mais gente a ir ao jazz, mas continua a ser um público restrito e o gosto não evoluiu muito”, diz Duarte Mendonça, antigo colaborador de Vilas-Boas e que desde há 24 anos dirige o Estoril Jazz.Como José Duarte, aquele promotor considera que a recente proliferação de festivais de jazz também é “um fenómeno de moda e de imitação”, impulsionado nomeadamente por algumas autarquias.“Não tenho nada contra a moda. A moda é um processo contínuo de actualização e, neste caso, reflecte a expansão natural do jazz”, afirma Rui Neves, director artístico do Jazz em Agosto, que desde há mais de vinte anos anima o jardim da Fundação Gulbenkian, em Lisboa.“Há mais pessoas a gostar de ouvir jazz e muito mais grupos a tocar”, acrescentou.Instituições como a Culturgest, em Lisboa, e a Casa da Musica, no Porto, também incluem o jazz na sua programação regular e a nova direcção do CCB (Centro Cultural de Belém) anunciou que vai “apostar mais” naquele género musical. Em Novembro, o CCB acolherá um dos grandes nomes do jazz contemporâneo, o pianista norte-americano Keith Jarrett, que não toca em Portugal desde a década de oitenta.Na nova geografia do jazz em Portugal sobressaem também a Orquestra de Jazz de Matosinhos, cuja autarquia se intitula “a capital do Jazz em Portugal”, e a Escola de Jazz de Torres Vedras, fundada há quatro anos e que desde 2005 organiza igualmente um festival.*
A saber…Outros festivais
No Algarve, Lagoa e Portimão já têm o seu festival de jazz, e há certames idênticos no Alentejo, designadamente em Estremoz, Odemira e Portalegre.Leiria e Marinha Grande são os palcos do Festival de Jazz da Alta Estremadura e desde há três anos Coimbra promove o Jazz ao Centro.
O Verão é a época alta dos festivais, mas os apreciadores já sabem que a temporada começa logo em Março, com o Braga Jazz, e prolonga-se até Novembro, quando entra em cena o Guimarães Jazz.

quarta-feira, junho 21, 2006

Forujazz acaba hoje



ForUjazz II – Avant Jazz em Lisboa

A segunda edição do ForUjazz é dedicada a sonoridades "free" e de vanguarda.
Foram três dias a "jazzar" em Lisboa com um programa que incluiu três dos mais importantes nomes do jazz europeu: Brötzmann, Sclavis e Schlippenbach.
O evento abriu com um dos mais brilhantes clarinetistas do free jazz a nível mundial: o mestre da improvisação Louis Sclavis. O músico francês apresenta-se com o violoncelista Vincent Courtois.
Depois veio o regresso do veterano Alexander von Schlippenbach, um dos mais proeminentes líderes da Europa.
O pianista alemão apresentou-se com uma formação que se dedica ao repertório do grande Thelonius Monk.
O encerramento é hoje protagonizado pelo trio liderado pelo alemão Peter Brötzmann. É conhecido pelos contorcionismos e explorações extremas do saxofone, pelo timbre distinto que consegue tirar do intrumento e por uma surpreendente capacidade de improvisação.
O cartaz fica completo hoje com as actuações, do IMI Kollektief.
O grupo multinacional, baseado em Lisboa, estreia o seu primeiro disco. O projecto, liderado pelo brasileiro Alípio Carvalho Neto, inclui uma figura de proa da nova geração de improvisadores: o contrabaixista Adam Lane.
A organização foi da Trem Azul em parceria com a Egeac e paralelamente com o Hot Clube. Brotzmann, Sclavis e Schlippenbach foram alguns dos nomes em cartaz.

21 Junho, Quarta-feira ,22:00 PETER BROTZMANN / MARINO PLIAKAS / MICHAEL WERTMUELLERPeter Brotzmann – saxofone tenor, tarogatoMarino Pliakas – baixo eléctricoMichael Wertmueller – bateria, percussão----------------------------------------------

21 Junho, Hot Clube de Portugal23:30 e 01:00 IMI KOLLEKTIEFAlípio C Neto – saxofone tenorEls Vandeweyer - vibrafoneJean-Marc Charmier – trompete e acordeonJoão Hasselberg – contrabaixoRui Gonçalves - bateria

quarta-feira, junho 07, 2006

MEMORIAS -Festival de Jazz da Alta Estremadura 2005



Com inicio em 25 de Setembro de 2005 Festival de Jazz da Alta Estremadura, FJAE, durou até ao dia 9 de Outubro de 2005 nos concelhos da Marinha Grande e Leiria.
A edição de 2005 dedicou uma atenção especial ao saxofone.
Com diversos músicos de jazz não só nacionais como internacionais, a edição do ano passado do Festival de Jazz da Alta Estremadura contou mais uma vez com Pedro Moreira para a direcção artística que dar enfoque ao saxofone.
"Depois da guitarra, do piano e da voz em 2004, a edição do FJAE 2005 foi dedicada uma atenção especial ao saxofone".
No cartaz internacional, o festival contou com a presença do contrabaixista Dave Holland e o seu quinteto.
Participou ainda neste evento o Trio WHO, Wintsch, Hemingway e Oester, um dos melhores representantes do melhor jazz que se faz na Europa.
Também assinalou a sua presença o Quarteto do saxofonista Ravi Coltrane que tem um dos mais interessantes projectos da actualidade, com excelente concerto.
No campo da formação tiveram lugar uma workshop com Pedro Madaleno e João Moreira e ainda a reedição de um projecto exclusivo do festival, a Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura.
Esta orquestra deu dois concertos com dois convidados. uma experiencia que contou com a presença de 38 jovens músicos em torno da orquestra.

MEMORIAS -Festival de Jazz da Alta Estremadura 2005



Com inicio em 25 de Setembro de 2005 Festival de Jazz da Alta Estremadura, FJAE, durou até ao dia 9 de Outubro de 2005 nos concelhos da Marinha Grande e Leiria.
A edição de 2005 dedicou uma atenção especial ao saxofone.
Com diversos músicos de jazz não só nacionais como internacionais, a edição do ano passado do Festival de Jazz da Alta Estremadura contou mais uma vez com Pedro Moreira para a direcção artística que decidiu este ano dar mais atenção ao saxofone.
"Depois da guitarra, do piano e da voz em 2004, a edição do FJAE 2005 foi dedicada uma atenção especial ao saxofone".
No cartaz internacional, o festival contou com a presença do contrabaixista Dave Holland e o seu quinteto.
Participou ainda neste evento o Trio WHO, Wintsch, Hemingway e Oester, um dos melhores representantes do melhor jazz que se faz na Europa.
Também assinalou a sua presença o Quarteto do saxofonista Ravi Coltrane que tem um dos mais interessantes projectos da actualidade.
No campo da formação tiveram lugar uma workshop com Pedro Madaleno e João Moreira e ainda a reedição de um projecto exclusivo do festival, a Orquestra do Festival de Jazz da Alta Estremadura.
Esta orquestra deu dois concertos com dois convidados. uma experiencia que contou com a presença de 38 jovens músicos em torno da orquestra.

TVedrasJazz de 21 de Junho a 1 de Julho em Torres Vedras...claro



Continuamos o periplo pelos principais festivais e eventos jazzisticos do verão.
Num verão que promete ser quente de ritmos aí está a 2ª edição do TvedrasJazz.
Numa terra com largas tradições jazzisticas decorrentes da sua excelente escola de jazz e das iniciativas o "Jazz vai à escola" cá temos algum do melhor Jazz actual.
Vai ser tocado e apresentado nos palcos deste festival do melhor que se toca em Portugal sendo certo que, apesar do ainda curto historial, o festival se revela tão promissor dado o êxito da sua primeira edição.
Este ano, em Torres Vedras vão estar algumas das melhores e mais recentes surpresas do Jazz nacional tais como a Tora-Tora Big Band, o quinteto de Nelson Cascais ou o projecto “Bloco de Notas” do saxofonista Mário Santos bem como a jovem Big Band do Oeste.
Pontos altos do festival, serão sem dúvida os concertos do saxofonista Lee Konitz, figura incontornável da história do Jazz que virá acompanhado pela Big Band de Matosinhos e o do guitarrista Nguyen Lê, um dos mais importantes músicos do Jazz europeu que nos traz a sua visão sobre a música de Jimmy Hendrix.
A seguir aos concertos (6ªs e sábados) o público poderá continuar, noite fora, na companhia do Jazz com o trio de Miguel Martins na sala da Tuna Comercial.
Tendo na formação de novos públicos uma das suas preocupações centrais o TvedrasJazz inclui no seu programa um workshop, orientado por Nguyen Lê e um concerto didáctico, pela Big Band do Oeste, em que os mais novos ou menos familiarizados com o Jazz poderão ficar a conhecer melhor este género musical, tirando dúvidas, pondo questões.
Enquadrado pelos claustros do Convento da Graça, com uma belíssima envolvente de azulajaria do sec. XVIII, ou no ambiente retro da sala da Tuna Comercial Torriense ou ainda no moderno palco Cine-Teatro de Torres Vedras algum do melhor jazz vai poder ser “ouvisto” entre 21 de Junho e 1 de Julho no que esperamos venha a ser um sucesso partilhado por público e artistas
Esta edição do TvedrasJazz conta com os apoios do Instituto das Artes/Ministério da Cultura bem como da Câmara Municipal de Torres Vedras.

Entre os dias 8 e 11 de Junho próximos, Dixieland em Cantanhede


Entre os dias 8 e 11 de Junho próximos, o concelho de Cantanhede receberá o
III Festival Internacional de Dixieland.
Organizado pelo Município deCantanhede e pela INOVA-EM, o festival realiza-se no Parque Expo-Desportivo deS. Mateus e contará com a participação de nove prestigiadas bandas nacionaise internacionais de dixieland, designadamente:
Tito Martino Jazz Band (Brasil)
Lalo?s Dixielanders (Itália),
The Scat Cats (Holanda),
Pixi Dixi Jazz Band(Espanha),
The Sheiks of Europe (Dinamarca, Espanha, Itália, Inglaterra ePortugal),
The Good Time Jazz Band (Banda Internacional)
e das bandasportuguesas Dixie Gang, Desbundixie e Dixie Gringos.
O evento envolve espectáculos de apresentação das bandas nas 19 freguesias do Concelho e concertos em Cantanhede, num recinto especialmente preparado para o efeito, encerrando com uma Street Parade a realizar na cidade em 11 de Junho, domingo, pelas 16 horas, ao longo das principais ruas da cidade.
Este desfile contará com a participação de todas as bandas do Festival, das três Bandas Filarmónicas do Concelho, de Associações e Escolas, grupos de dança, entretainers, charretes, carros antigos, side cars, bicicletas e outros veículos, numa manifestação festiva que terá um envolvimento popular de grande dimensão.
De facto, à semelhança das primeiras edições, a população da Cidade de Cantanhede vai proceder à decoração das janelas e varandas das habitações, engalanando as ruas que constituem o percurso da Street Parade.
Integrada no festival, decorrerá no Parque Expo-Desportivo de S. Mateus, a oitava edição da Tapas & Papas – Feira de Gastronomia e Artesanato de Cantanhede, que vai registar a presença de prestigiados restaurantes do Município, bem como tasquinhas a cargo das associações concelhias, e mais de 50 artesãos provenientes de todo o País.
Paralelamente decorrerá no recinto do Parque Expo-Desportivo a II Feira do Livro de Cantanhede.
Grande fartura na zona centro...é aproveitar!

O JAZZ AO CENTRO FERVILHA EM ACTIVIDADES - HOJE À NOITE EM COIMBRA A NÃO PERDER


JAM SESSION DE DIXIELAND EM COIMBRA
Este 7 de junho de 2006

QUEBRA CLUB,
PARQUE VERDE DO MONDEGO
38 MÚSICOS CONVIDADOS
Mais um simpático e-mail do JACC a dar-nos conta de uma noite memorável na Cidade do Mondego, para aquecer os motores da jazzoesfera para a grande festa que se seguirá nos dias seguintes em Cantanhede.
Este especial evento, de rara oportunidade, juntará cerca de 38 musicos oriundos de diversas nacionalidades, e que se deslocam a Coimbra.

NOTA HISTORICA: A terra do dixie...O nome Dixie vem da cidade de Nova Orleães. Após a sua fundação, a cidadecresceu rápidamente tornando-se no maior centro comercial e financeiro daregião.
Nessa época grande parte dos bancos emitia legalmente as suaspróprias notas. Devido ao elevado número de colonos de origem francófona,estas eram impressas em Francês e Inglês e uma das mais comuns era a nota de dez dólares.
Dez em françês é ?dix? e assim estava impresso em grandescaracteres numa das faces. Após a expansão para os territórios de Louisianaem 1803 e enquanto cada vez mais americanos chegavam a essas terras, as notascomeçaram a ser conhecidas por dixies.
E porque uma nota só é válida se obanco a aceitar e os bancos mais fiáveis da época eram os de Nova Orleães,as notas de dez dólares ou dixies, tornaram-se as preferidas e toda essaregião passou a ser conhecida como a terra do dixie ou Dixieland.
O termo jazz só começou a ser usado no final dos anos 10 para descrever um tipo demúsica que surgia nessa época em Nova Orleães.
Quando o jazz começou a fazer ondas em Chicago por volta de 1915, a sua regionalidade e exotismo, faziam parte do seu poder de atracção.
Músicos epromotores provenientes da terra do dixie usaram o termo para evidenciar assuas origens e a palavra Dixieland, graças a músicos como Louis Armstrong,Bix Beiderbecke, King Oliver, Jelly Roll Morton, etc... permanece até hoje nonosso espirito associada a esse novo e irresistivel género musical.
Esta noite de 7 de Junho em Coimbra no Parque Verde do Mondego será marcadapor um acontecimento único.
Uma Jam Session com o Dixie Gang acompanhado pordiversos (30 a 40) músicos estrangeiros e nacionais, que vieram para oFestival de Cantanhede.
No interior do Quebra Club, no passeio, ou na esplanada poderemos assistir à reconstituição do alegre ambiente tipico de Nova Orleães onde era comum os músicos desfilarem pelas ruas em pequenos combos,em cima de carros ou a pé.
Quando duas formações por acaso se encontravam, havia um ?duelo de improvisos?, conferindo imensa originalidade ao som.Este jazz surpreende na forma como é familiar e simples, a melodia cantável, oritmo que convida á dança, a harmonia frequente, previsível e o ambiente deleveza e despreocupação.
Numa segunda análise, esta musica revela-se rica,subtil e complexa nos arranjos, nas variações de ritmo, nas progressõesharmónicas e na inspirada improvisação.
Só assim se compreende que estamúsica tocada desde o princípio do século 20, tenha lançado bases para umalinguagem musical com temas e sonoridade que ainda hoje nos mobiliza e emociona.

sexta-feira, junho 02, 2006

Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra - IV Edição do Jazz ao Centro


O JACC enviou-nos um simpatico e-mail dando conta do festival IV edição do Jazz ao Centro numa magnifica organização da Câmara Municipal de Coimbra e do JACC.
O festival já está a decorrer desde ontem (dias 1, 2 e 3 de Junho)
Na IV edição do Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra pretendem os seus organizadores continuar a possibilitar uma visão pluralista do Jazz contemporâneo, mostrando as suas variadas formas.
A organização convida à participação nesta edição com uma programação pluridisciplinar e diversificada, marcada, desde já, por um grandeenvolvimento comunitário.
Mais informações em www.jacc.pt
Programa.
Concertos
Quinta-feira, 1 de JunhoTeatro Académico Gil Vicente, 21h30m
iMi KollektiefAlípio C Neto - saxofone tenorJean-Marc Charmier
trompete e acordeãoEls Vandeweyer
vibrafoneAdam Lane contrabaixoRui Gonçalves - bateria
Sexta-feira, 2 de JunhoTeatro Académico Gil Vicente, 21h30m
The Thing vs Scorch trioMats Gustafsson - saxofones tenor e barítonoRaoul Björkhenheim - guitarra electricaIngebrigt Haker Flaten - contrabaixo e baixo electricoPaal Nilssen-Love - bateriaSábado, 3 de JunhoTeatro Académico Gil Vicente, 21h30m
Mario Pavone QuintetMario Pavone - contrabaixoTony Malaby - saxofone tenorSteven Bernstein - trompetePeter Madsen - pianoGerald Cleaver - bateria

1, 2 e 3 de JunhoSalão Brasil (Baixa de Coimbra),
00h00m Concertos inseridos no programa de comemoração do vigésimo aniversário daRUC Rádio Universidade de CoimbraAdam Lane / Ken Vandermark QuartetKen Vandermark - saxofone tenorMagnus Broo - trompeteAdam Lane - contrabaixoPaal Nilssen-Love ? bateria

NOTA: Os concertos no Salão Brazil serão gravados para posterior edição discográfica, com distribuição pela revista jazz.pt

Exposições de fotografiaTeatro Académico de Gil Vicente (Luís Filipe Catarino)Salão Brazil (Luís Filipe Catarino e Nuno Martins)Livraria XM (Nuno Martins). Programação pedagógica.

Ontem Quinta-feira, 1 de Junho (Dia Mundial da Criança)Teatro Académico Gil Vicente a teve lugar um concerto didactico, entrada foi livre.
Workshops
Sábado, 3 de JunhoConservatório de Música de Coimbra, 15h00mAdam Lane
Sábado, 3 de JunhoAuditório da Escola Secundária José Falcão, 15h00m

segunda-feira, maio 22, 2006

MEMORIAS -Festival de Jazz da Alta Estremadura 19-09-2003



Recorda-se a grande edição do Festival de Jazz da Alta Estremadura que foi a de 2003
O programa das festas decorreu de 19 de Setembro a 4 de Outubro de 2003 em Leiria e na Marinha Grande, integrou duas iniciativas paralelas ao cartaz de espectáculos, uma exposição de fotografia e uma feira do disco.
O Hot Clube de Portugal esteve patente em fotografias da espanhola Mercedes Pineda entre 20 e 27 de Setembro, no Mercado de Sant`Ana, que recebeu também, de 23 a 27, a feira do disco, obviamente especializada em jazz.
A edição do festival de 2003 foi dedicada a Charlie «Bird» Parker,e começou com um espectáculo de homenagem ao saxofonista, com a participação da Orquestra Filarmónica das Beiras e de um quarteto de pianistas, que incluiu Mário Laginha; a apresentação teve lugar no Teatro José Lúcio da Silva, no dia 19,
De 23 a 27, sempre no mercado Sant`Ana, tocaram sucessivamente o trio de João Paulo, o quinteto de Mário Laginha, o trio de Bernardo Sassett, o quinteto de Rodrigo Gonçalves e o trio de Filipe Melo.
No Sport Operário Marinhense actuaram, no dia 3 de Outubro, o sax tenor Bill McHenry, acompanhado pelo Peter Rende Quintet, e, no dia 4, tocou o trio do saxofonista Chris Potter.
Que saudades !!! Haverá mais este ano com a crise ??

sexta-feira, maio 12, 2006

Conclusões do debate "Soluções para uma Industra Musical em Portugal".

Debate: "Soluções para uma Indústria Musical em Portugal"

"«Soluções Legislativas e Funcionais para uma Indústria Musical em Portugal» foi o tema do debate realizado, no Ateneu Comercial do Porto.
No centro da discussão estiveram, entre outros assuntos, os direitos de autor, cobrança e distribuição e a nova lei da rádio.
As direcções do Ateneu Comercial e da Associação Jurídica do Porto promoveram, na noite de quarta-feira, um debate em torno da indústria musical em Portugal. À mesa estiveram Pedro Osório (director da Sociedade Portuguesa de Autores), Eduardo Simões (jurista e director da Associação Fonográfica Portuguesa), Miguel Guedes (Blind Zero), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Isidro Lisboa (radialista) e Artur Ribeiro (director da Associação Portuguesa de Logistas de Audiovisual), numa conversa moderada por Ricardo Salazar.
Direitos de autor, cobrança e distribuição, contrafacção, quebra de vendas, downloads ilegais feitos na Internet, falta de circuitos alternativos às Queimas das Fitas e concertos promovidos pelas autarquias, nova lei da rádio, playlist’s, interesses dos grandes poderes económicos, preço dos instrumentos e dos bilhetes dos espectáculos e falta de interesse do Estado foram as questões afloradas pelos intervenientes do encontro, que não primou pela participação do público.
No entanto, quem marcou presença agradeceu a iniciativa e, no final, teve a oportunidade de interpelar os intervenientes, assim como lembrar os anos seguintes ao 25 de Abril que foram férteis em produção nacional.
Um aumento de produção que se continua a registar hoje, mas que em termos de “difusão baixou”, frisou Pedro Osório.
Direitos de autorA primeira questão lançada em debate por Ricardo Salazar recaiu precisamente na questão dos direitos de autor e do melhoramento na cobrança e distribuição.
Com as novas tecnologias, em particular a Internet, os direitos estão ameaçados por grandes interesses económicos e, por essa razão, a gestão colectiva de direitos de autor torna-se imprescindível.
Um processo de transição, que segundo Adolfo Luxúria Canibal “pode ser perigoso, porque acabando os direitos de autor, amanhã uma música dos Mão Morta pode ser utilizada numa publicidade a um champô”, acrescentando que, nesta matéria, “não se trata apenas de uma remuneração, mas é também o controlo que o próprio autor pode fazer da sua obra, mas sozinho nada consegue”.
E já no que concerne à distribuição, Artur Ribeiro salientou que “são as lojas o elo mais fraco”. Reportando-se ao seu caso pessoal, revelou que é preciso um trabalho diário para estar sempre na linha da frente da divulgação e da actualização musical.
Para o director da Associação Portuguesa de Logistas de Audiovisual, a quebra das vendas está directamente relacionada com o fraco poder económico do País, mas também “pode ser atribuída aos downloads ilegais e à pirataria vendida nas feiras”, tendo lançado como solução “baixar os preços quanto for possível”.
A esta situação, acrescentou ainda Miguel Guedes, “o top ten de pastilha elástica, a televisão que ultrapassa a má ficção nacional, o papel das rádios, a falta de interesse do Estado em investir na exportação e divulgação da música nacional e o circuito de espectáculos, que estão fechados, são rotineiros e pobres”.
ConcertosEm Portugal, os principais circuitos de espectáculos são as Queimas das Fitas e os concertos promovidos pelas autarquias.
Com o fecho da torneira financeira imposta por Manuela Ferreira Leite, os músicos tiveram de procurar circuitos alternativos, mas são muitas as dificuldades encontradas para estabelecer esta rede de itinerância que em países da Europa é prática comum.
Mas nesta questão entronca a tradição alimentada pelas Câmaras em oferecer os espectáculos ao público, o que de acordo com Miguel Guedes “dá origem a que as pessoas se habituem a ver concertos gratuitos e são poucos aqueles que pagam para assistir a produções próprias”.
Para Adolfo Luxúria Canibal, a solução passaria pela “existência de pequenos bares e clubes”, como acontece no estrangeiro, onde “as bandas começam por actuar para pequenas plateias, com bilhetes pagos e quando esse circuito de público se esgota, ai sim tocam em grandes eventos”.
Contudo, e apesar de existir no País um bom número de auditórios, com grandes valências, “não se criaram pessoas que façam tournées e, neste momento, temos de pensar em espectáculos cujos custos sejam repartidos por vários locais, os mesmos pelos quais serão repartidos os retornos financeiros.
Há um desfasamento mental sobre o que é a cultura”, sublinhou Adolfo Luxúria Canibal, reiterando Pedro Osório que “os espectáculos têm de ser pagos até por uma questão de pedagogia”.“Mas se os músicos criticam a atitude das autarquias, por que razões não se recusam a tocar?”, indagou alguém da plateia.
Para o vocalista dos Blind Zero, isso “seria a morte do artista, porque, se são estes os dois principais circuitos de espectáculos, recusar um deles seria fatal para os músicos”, ao que acrescentou o líder dos Mão Morta que “não se devem queimar os circuitos, mas sim escaloná-los”.Lei da RádioNo que diz respeito à nova Lei da Rádio duas palavras sobressaíram: abstracto e concreto. Em abstracto, nenhum dos presentes é a favor das quotas impostas às rádios quanto à difusão da música portuguesa, talvez porque seria uma questão de bom senso.
Mas em concreto, acabam por ser um mal necessário, porque foi a forma encontrada para “defender a música portuguesa cuja maioria tinha sido chutada das rádios nas últimas duas décadas”, lembrou Pedro Osório. Uma imposição que certamente não incluirá o diversificado leque da produção nacional, mas que Isidro Lisboa gostaria que “viesse mostrar muitos e bons discos de bandas que ainda não tiveram a oportunidade de tocar por três minutos nas rádios

Frases soltasPedro Osório: “A Internet está a introduzir grandes mudanças e estão cães fortes a tentar apanhar o osso”Adolfo Luxúria Canibal: “As rádios que existem têm targets de público e acabam por ser concorrentes umas das outras e não será pelas quotas impostas que os Mão Morta vão passar a tocar nas rádios”Miguel Guedes: “A gestão colectiva de direitos de autor é essencial e necessária, sobretudo quando não há uma realidade sindical forte no meio musical”Isidro Lisboa: “Há pouco dinheiro e os bilhetes são caros. A solução passaria por criar um circuito alternativo em pequenas salas”Eduardo Simões: ”A música está a chegar por diferentes caminhos. Temos a obrigação moral de usar todos os recursos para proteger o que gostamos”
Fonte: O PRIMEIRO DE JANEIRO

quinta-feira, abril 27, 2006

Quota musical mínima


Quota musical mínima
Foi publicada no D.R a Portaria n.º 404/2006 (D.R. nº 82 SÉRIE I-B de 2006-04-27) que estabelece, pelo período de um ano, a quota mínima de 25% de música portuguesa na programação musical dos serviços de programas de radiodifusão sonora

quarta-feira, abril 26, 2006

DEBATE SOBRE INDUSTRIA MUSICAL EM PORTUGAL



Debate sobre as "Soluções para uma Indústria Musical em Portugal"
As Direcções do Ateneu Comercial do Porto e da Associação Jurídica do Porto têm a honra de convidar V. Exª. para o Debate sobre as “ Soluções para uma Indústria Musical em Portugal”, contando com a presença dos Senhores:· Adolfo Luxúria Canibal ( Jurista e músico )· Artur Ribeiro ( Director da Associação Portuguesa de Lojistas de Audiovisual )· Eduardo Simões ( Jurista e Director da Associação Fonográfica Portuguesa )· Isidro Lisboa ( Radialista )· Miguel Guedes ( Jurista e músico )· Pedro Osório ( Director da Sociedade Portuguesa de Autores )O debate será moderado por Ricardo Salazar, advogado.
Local: Ateneu Comercial do Porto, sito na Rua de Passos Manuel, n º 44, na cidade do Porto.
Data: 03 de Maio de 2006, pelas 21. 30 horas.
Entrada livre.

sexta-feira, abril 21, 2006

A BIT of jazz …foi à 22 anos…




Album BIT 1984
As primeiras influencias de Manuel Paulo são Champion Jack DuPree, Memphis Slim e Jay McShann. Conhece também, nos primórdios de '70, influencias da música dos Led Zeppelin, Deep Purple, Fairport Convention, Pentangle, Incredible String Band, além dos Beatles, os Pink Floyd, em especial Atom Heart Mother. Alinhou no Rock Sinfónico/progressivo com os Van der Graaf Generator, Genesis, King Crimson, os Gentle Giant, depois passou para o Bob Dylan dos anos 60, até ao Nashville Skyline, Byrds, Quicksilver, aos Blues brancos dos Canned Heat, do inglês John Mayall, Folk, destacando a inglesa e irlandesa.Entretanto conheçe a música do Frank Zappa e aproxima-se do Jazz que passou a grande referência.
Começa a frequentar o Hot Clube de Portugal, no fim dos anos 70 tocando com a geração de músicos que mais tarde criaria a primeira escola de Jazz do Hot, que belíssimos músicos ajudou a formar. Embora não existisse ainda uma escola oficial, essa passagem pelo Hot e pelo Jazz foi fundamental para a sua As formações do Hot Clube contavam com o Paleka, o Carlos Barretto, o Luís Stoffel, o João Courinha, o Pedro Mestre, o Zeca Neves, o Fernando Júdice, o David Gausden.
Em 1982, Manuel Paulo conheçe Jorge Palma, com quem grava o álbum "ACTO CONTÍNUO".Em 1983 conheçe Rui Veloso, que estava sem banda, e com o qual tinha em comum o gosto pelos Blues.
Em 1984, Manuel Paulo participa no concerto de Blues com o Rui Veloso no Festival de Jazz de Cascais com o Bluesman de Chicago Fenton Robinson, e o pianista Pat Hall. Continua a tocar com os seus parceiros do Jazz, e em 1984 surge a sua obra prima (EM NOSSA OPINIÃO) o grupo BIT com o Naná Sousa Dias, o Paleka, o Zeca Neves e o Luis Stoffell, gravam uma música híbrida de fusão no disco "BIT" (1984) e ainda tocaram bastante ao vivo. O vinil é uma relíquia. O grupo acabou logo ficando-se pelo único disco.
Não podemos deixar de associar o som dos BIT de Manuel Paulo aos MEZZOFORTE que surgiram em força nos tops portugueses com “garden party” um ano antes.
As faixas do disco serviram para muitos genéricos de rádio e tv, especialmente uma grande malha chamada “pagliacci”.
FONTE: www.manuelpaulo.net e rockemportugal.blogspot.com

quinta-feira, abril 13, 2006

Livro Duarte Mendonça: 30 anos de Jazz em Portugal (1974 -2004)


Duarte Mendonça: 30 anos de Jazz em Portugal (1974 -2004)" é o título do livro da autoria de João Moreira dos Santos,que foi lançado no dia 28 de Novembro de 2005, no Centro Cultural de Cascais.
Percorrido o indice do livro não conseguimos encontrar o nome de RUI AZUL o que a confirmar-se representa uma falha importante no livro, pois a quase ausencia de nomes portugueses nas referencias do livro limita e muito a importancia historica do livro que o titulo sugere.

Na verdade, a obra versa mais sobre a carreira de Duarte Mendonça enquanto produtor de Jazz, desde 1974 quando se iniciou no Cascais Jazz, convidado por Luís Villas-Boas (considerado o pai do Jazz em Portugal) para a organização do IV Cascais Jazz.
Esse festival emblemático teve a primeira edição em 1971, perante 10 000 espectadores que esgotaram a lotação do saudoso Pavilhão do Dramático (já demolido).
Duarte Mendonça trouxe a Portugal, mais de 1000 músicos de jazz.
No prefácio do livro, o autor do livro e crítico musical, João Moreira dos Santos, descreve esta obra como « mais do que uma homenagem a quem ao longo das três últimas décadas apresentou em Portugal alguns dos melhores músicos de Jazz.
O livro aposta fortemente nas fotografias (cerca de 300), grande parte são inéditas e ao que parace a sua existencia foi um dos motivos que impulsionou o livro.
Percorre a história recente do Jazz, desde 1974 a 2004, com início no Cascais Jazz e paragem noutros festivais emblemáticos - Jazz Num Dia de Verão ou Galp Jazz - e em concertos inesquecíveis, como os protagonizados por Bill Evans e Eddie Gomez (Teatro Nacional de S. Carlos, 1975) e Art Blankey os seus Jazz Messengers (Terreiro do Paço, 1979).
Dá a conhecer os I e II Cursos Internacionais Projazz, realizados em 1990 e 1991 por autênticos professores de luxo, em que se incluem, entre outros, Clark Terry, Kenny Burrell, Rufus Reid, Sir Roland Hanna, Reggie Workman, Barney Kessell e Terence Blanchard - e para ler as memórias e histórias de bastidores que Duarte Mendonça guarda do contacto com os mais notáveis jazzmen que contratou ao longo destes 30 anos de produção de Jazz em Portugal.
Enfim, ainda ficou muito para contar da historia do Jazz em Portugal.

Livro memorias do Rock Portugues

É sempre de saudar a edição de livros sobre musica portuguesa.
O revivalismo parece estar na moda e se não fosse a internet ter-se-iam perdido para sempre algumas memórias visuais e sonoras da musica feita em Portugal.

Tivemos um exemplo disso por ocasição do lançamento em 2005 do livro de "Duarte Mendonça, 30 Anos de Jazz em Portugal", com textos de João Moreira dos Santos. (ao qual brevemente iremos dedicar um post).

Agora temos outro Duarte na autoria de outra publicação, trata-se do incansavel João Aristides que a suas exclusivas expensas conseguiu criar uma excelente edição de autor.

Este blogue não quer deixar de assinalar este importante momento corajoso, numa altura em que se assiste ao fecho de livrarias um pouco por todo o pais.

Regista-se também que o facto de o Autor ter dado à estampa esta publicação, é uma lição não só para as editoras discograficas que deixaram desaparecer as masters das gravações dos anos 80 e que não se mostram minimamente interessadas em editar em CD alguns dos melhores albums de grupos já desaparecidos mas que fizeram historia dos tops das rádios em Portugal nos anos 80.

Os mais atentos poderão reparar que os discos reproduzidos na capa do livros nenhum (salvo alguma execepção se encontra editado em CD).

Como ainda não tivemos acesso à publicação aqui fica a transcrição das noticias publicadas no DN e JN de 8 de Abril de 2006.

"Memórias do Rock Português" é o título de um novo livro da autoria de Aristides Duarte e que ontem foi lançado no Sabugal. Ao longo de quase duas centenas de páginas, o livro conta grande parte da história das origens do rock em Portugal, começando na década de 60 e prolongando-se até aos dias de hoje.Uma das qualidades da obra de Aristides Duarte passa pela compilação de biografias, fotos e imagens de capas de discos de muitas bandas que estão quase esquecidas pela memória colectiva. São, ao todo, 52 biografias, organizadas por ordem alfabética."A partir dos finais dos anos 70, fui guardando quase tudo o que encontrava", disse o autor ao JN. O lançamento desta obra "não teve grandes dificuldades", afirmou. Isto porque o Aristides Duarte optou por "avançar sozinho com edição de autor", uma vez que "se contactasse as editoras, tarde ou nunca o livro veria a luz do dia". Na sua óptica, "a maior dificuldade, neste momento, é a distribuição". Hoje, aos 46 anos, Aristides não perdeu o gosto por uma boa guitarra e um pedal de distorção "Tenho 46 anos e continuo a deslocar-me a concertos rock", confessou. O autor, de 46 anos, é professor do ensino básico mas colabora regularmente, e já há vários anos, no semanário "Nova Guarda", especializando-se em biografias de bandas de rock na sua já famosa coluna "Em nome das folias". No último ano, tem-se dedicado, também, ao seu blog http// rockemportugal.blogspot.com e é conhecido no meio musical como "o Punk Rural".

quarta-feira, março 29, 2006

REGISTOS DE UM JAZZ-MAN PORTUGUES


Dá-se aqui noticia da existencia de mais um blogue dedicado ao Jazz.
Trata-se de registosautonomos da autoria do musico e artista plástico Português, Rui Azul.
A actitude do artista Portuense está bem patente na apresentação do blogue onde se pode ler o seguinte:
Blog activo; interactivo; expressivo; das artes, das letras, das ideias, das imagens, dos sons, do prazer, da revolta, do riso, do inconformismo, da ironia, do desespero, da emoção, de alguns, de muitos, de nós, de quem quizer, de quem sinta... diferente, impaciente, como tantos, que não alinham, que estão à margem, PORQUE PENSAM, SENTEM, DESESPERAM, FRUEM, mas... NÃO DESISTEM !!!
São palavras de grande incentivo e coragem num país como Portugal onde todos os dias fecham livrarias e lojas de discos e onde a cultura é geralmente menosprezada em detrimento da massificação do consumo de produtos banais e fúteis que apenas ajudam a passar o tempo.
É também uma lição de vida para todos os artistas Portugueses, sejam musicos, pintores, desenhadores ou escultores que baixaram os braços e puseram de parte a paixão pela sua arte.
Ninguém os pode censurar pois já dizia o filosofo "primo manjare, dopo filosofare..."
Com efeito, é surpreendente (ou talvez não) a quantidade de obras de artistas Portugueses que estão esquecidas por inercia (ou falencia) de editoras de musica, livros e filmes.
São memorias auditivas e visuais perdidas nas estrias do vinil riscado, nas masters destruídas, nas fitas bolorentas, e em folhas de papel desfeitas pelo decurso do tempo.
O progresso tecnologico encarregou-se de inventar suportes digitais que permitem voltar a vender novamento o velho produto, e preservar assim as memorias culturais.
No entanto, Portugal parece resistir a tudo isso porque para mexer nessas memorias há que ultrapassar a "teia burocrática".
Por isso, muitos artistas nunca viram as suas obras divulgadas convenientemente.
Enfim, enquanto ouver musicos Portugueses com a atitude de Rui Azul algumas coisas vão passando a apertada malha das playlists da rádio e da edição.
Bem hajas Rui Azul.

quinta-feira, março 16, 2006

JAZZ Á BOLINA NUM MAR AZUL


Rui Azul é um dos pioneiros do jazz em Portugal.
Nos anos 80 integrou os Transatlantico com antonio Garcês (editaram o1 single "onde está o capital")
tem um percurso impressionante.
Participou nos discos “Vydia” e “Mimi tão pequena e tão suja” de Vítor Rua, “Aventuras no Sol e na Lua” de Horácio, “Mais um membro para a Europa” dos Trabalhadores do Comércio, “Monoxide” dos Blue Orange Juice. Compôs genéricos para o Cinanima, para programas de TV e para diversas Rádios nacionais. Compôs a música e/ou participou musicalmente em peças de Teatro: Schmurz (Boris Vian), Mais Mar Houvesse (J.P. Seara Cardoso), Peça com Repetições (Assédio) entre outras. Eleito em 1991 “Melhor Saxofonista Português” pelos leitores da revista Música, Instrumentos & Tecnologia - MI&T. Organizou o 1º Festival de Jazz do Porto (84), e ciclos de concertos e jam-sessions na Coop. Árvore, Luis Armastrondo e Pinguim Café. Escreveu para a revista MI&T artigos teorico-práticos sobre instrumentos de sopro e de cobertura de concertos (88/94). Realizou durante alguns anos o programa “Jazzologia”, nas Rádios Delírio (Porto), Satélite Gaia) e Atlântico (Matosinhos). É Designer Gráfico pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, cursou os Institutos Britânico e Francês (4 anos cada - Porto), Engenharia Mecânica e Arquitectura (2 anos cada - Universidades do Porto e de Lisboa) Actividade paralela em outras formas de arte: Como Autor de Banda Desenhada, tem 2 álbums editados, além de várias estórias e cartoons publicadas em revistas e fanzines Portugueses e Holandeses. Como Artista Plástico registam-se exposições individuais em Portugal e Holanda. Apresentou diaporama e videoarte, inseridos em espectáculos multimedia de sua autoria, assim como obras plásticas nas IX, XI e XII Bienais de Cerveira e nos Encontros de Nova Música, pelo ACARTE, no Centro de Arte Moderna da Fundação C. Gulbenkian (90). Como Ilustrador, Ilustrou livros didáticos, infanto-juvenis e Ilustração por computador, (e Infografismo) em publicações e sites diversos, e sendo o autor de capas de CD's (seus e de outros grupos e músicos). Exerce a actividade de Designer Gráfico e Criativo tendo trabalhado em várias agências de publicidade e design, estando actualmente em regime de freelancer.
Andou a tocar em bares e no estrangeiro até que em 1991 conseguiu o primeiro disco a solo, "Pressões Digitais," onde se fez acompanhar de gente como o Vítor Rua (do duo Telectu) ou Rui Júnior (d’O Ó Que Som Tem).
Participou em vários festivais de jazz e editou um segundo disco, Jazz Live Recordings, que reúne gravações ao vivo entre 1989 e 2002.
É artista plástico e designer tem desenvolvido um trabalho consistente que complementa a faceta de músico.
Em 2004, Rui Azul lançou "à Bolina".
O CD é o resultado deste minucioso trabalho. Para além da música, quase todo o artwork, design, ilustrações e textos que preenchem o booklet são da sua autoria.
Se à primeira vista este é claramente um disco de jazz, há que notar que se trata de jazz pouco habitual. Enveredando por uma espécie de fusão, há um saxofone que serve de fio condutor para um disco que é composto por sugestões que invocam vários territórios.
Pela vontade do autor, este é o diário de uma viagem imaginária. E será uma viagem marítima, uma viagem por terras orientais, onde as alusões sonoras se misturam com uma certa inclassificável alma portuguesa que a música transmite.Distante da estrutura tradicional do refrão-improviso-refrão, a música avança indiferente a regras pré-estabelecidas, seguindo uma coerência própria.
As sonoridades exóticas relembram lugares longínquos, e a culpa é da instrumentação escolhida: rhäita, zummara, didgeridoo, dar’buka, entre outras coisas. Recorrendo a uma combinação entre meios acústicos e digitais elabora-se um disco bem costurado onde os temas vão surgindo como ondas – e a temática marítima é permanente. Pelo meio do disco, uma pérola humorística: “A família e o esturjão”, um conto de Mário Henrique Leira que serve como interlúdio. A ondulação do mar, ritmo constante que é utilizado como padrão unificador, está antes de mais evocada na capa – fantasia surrealista em que o saxofone é a caravela rumo ao imprevisível. Rui Azul viaja, sozinho, desde 1980 mas confiante no destino. E este disco, surpreendentemente, é uma ilha perdida no jazz português

quarta-feira, março 08, 2006

JAZZETOME


Não podemos deixar de saudar a edição comemorativa dos 40 anos do programa 5 minutos de jazz.
os CDs que estão a sair são peça de colecção que ajuda a recordar o tempo em que a rádio tinha programas de autor.
Veja a rádio por assinatura.
acabem com as playlists.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

JAZZ DE CORTIÇA



Duas das mais originais capas de cd´s que já vi são que aqui se deixam reproduzidas.
A musica é excelente e as capas um regalo para os olhos.
Para ouvir estes dois discos acompanhados com um bom vinho envelhecido em cascos de carvalho.
Conservar os CD´s em local seco e escuro.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

VIAGEM AO LESTE COM TUXEDOMOON









Os TUXEDOMOON são uma lenda viva!
"Ao vivo em S. Petersburgo” é, a mais recente edição deste projecto ao vivo e parece, de facto, uma peça de colecção (ainda por cima numerada)
Facilmente redutível a uma extraordinária simplicidade de um concerto ao vivo... na verdade é como se estivéssemos no expresso do Oriente quando numa das carruagens aparece uma orquestra em que dezenas de instrumentos são tocados em crescendo e, de repente, ouve-se apenas um e apenas um violino quando passamos pelos vários túneis que furam as montanhas do percurso.
Há mistério...
Há poesia…
È um crime perder esta edição…
Há toda uma Historia revisitada dos geniais dinossauros dos anos 80… ao frio da Paris do Leste…a não perder

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

ezfreecounter.com